1 de novembro de 2017

Aquela dos 30...




O que é um adulto? Uma criança de idade.
Simone de Beauvoir

Inicio do ano eu fiz 30 anos.

Sempre achei que pessoas com 30 anos eram adultas, sérias, responsáveis, donas de si mesmas, que iam para seus trabalhos igualmente sérios e adultos, usando terninhos femininos, chatas e comportadas.

Achava que eventualmente eu ia acabar me tornando essa pessoa. Achava que não tinha pra onde correr. Era o que ia acontecer e pronto.

Quando eu era uma criança remelenta de 10 anos a minha mãe tinha 30 anos. Minha mãe com 30 anos já estava vivendo uma vida de adulto "casada, morando em uma casa própria e empregada...". 

Eu com 30 anos sou a pessoa menos 30 anos que já conheci. E se quando mais nova, eu sentia necessidade de mostrar maturidade, hoje, aos  30, já não sinto mais.

E então é justamente agora, aos 30, que sinto a total liberdade para ser ainda mais menos 30. Detesto tudo o que é afetado demais. Não suporto chatice. Me recuso a ser alguém que eu não gosto nem nos outros, imagine então em mim. 

Não quero ir a jantares elegantes. beber vinho. Não quero conversar sobre filhos, casa, casamento, trabalho. Não quero comprar roupa na loja conceituada e cara. Não quero ir em reunião de condomínio. Não quero ir ao banco. Não quero saber o que está na moda. Não quero visitar salão de beleza três vezes por semana. Não quero fingir ser uma pessoa que não sou. Não quero me sentir no tédio na minha própria companhia. 

O que eu quero é depilar as minhas pernas e continuar me sentindo bem quando eu não consiga manter a depilação em dia. Quero maratonar as séries preferidas na Netflix até amanhecer. Quero comprar uma blusa dos Minions. Quero chorar e gritar em um show de uma banda de rock alternativo. 

Quero cutucar a minha amiga quando passar um cara bonito. Quero me identificar com Rori Gilmore. Quero pintar o cabelo de vermelho. Quero usar lente colorida. Quero pintar as unhas uma de cada cor. Quero decidir as coisas em cima da hora. Quero viajar pra Disney. Quero mudar de idéia e opinião todo dia. Quero rir de piada suja. Quero passar o final de semana bebendo cerveja barata com os amigos enquanto fazemos competição de arroto. 

Quero ser impulsiva, inconseqüente, irresponsável, esquecida.Quero aceitar todas qualidade e defeitos que formam quem eu sou e que ao longo desses  30 anos eu tanto aprendi a amar e a respeitar. 

Eu renego a Camyli que achei que seria aos 30 anos. Essa Camyli vulgo Milla NUNCA me pertencerá. Nem aos 30, nem aos 40, nem aos 50... 

E ainda bem!



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© Lado Milla
Maira Gall