26 de novembro de 2015

Precisamos falar sobre: Aborto


Débora Diniz; É professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética Direitos Humanos e Gênero. É membro da Câmara Técnica de Ética e Pesquisa em Transplantes do Ministério da Saúde. No debate para instruir a sugestão 15/2014, que regula a interrupção voluntária da gravidez pelo SUS a professora Débora Diniz começa a sua participação no debate dizendo que:   " Falar sobre aborto é falar de uma necessidade de saúde da mulher. "

A professora Débora Diniz começa a sua fala apresentando dados de uma pesquisa nacional do aborto que confirma que: entre 1 em cada 5 mulheres realizou pelo menos um aborto aos 40 anos. Não existe, uma pesquisa que demonstre um numero preciso que mostre a quantidade de mulheres que abortam a cada ano. O que temos como um objeto de pesquisa são pequenos "recortes" de uma população de mulheres entre 18 e 39 anos mais de 7 bilhões de mulheres já abortaram em algum momento da vida. 

No sistema penal brasileiro, mais de 7 bilhões de mulheres deveriam por lei estar cumprindo 1 a 3 anos de prisão. Essas mulheres são mulheres comuns (Jovens, casadas e religiosas... ) representadas que são a favor da vida de um embrião, um ser humano em potencial mesmo não sendo considerada uma vida. 

No outro lado, temos adolescentes e as putas dois espectros de mulheres que alimentam a fantasia dos que são contra o aborto que imaginam que essas mulheres (adolescente e a puta) não são consideradas mulheres comuns. Foram com essas mulheres que foi realizada uma pesquisa a beira do leito Falar de aborto é falar de uma necessidade de saúde dessas mulheres não é sobre praticas sexuais e sim sobre sexualidade sobre a necessidade de saúde dessas mulheres que respeitando a sexualidade dessas mulheres que resolvem fazer um aborto. 

O aborto, deixa de ser uma discussão de saúde publica para descrevermos como uma questão de direitos humanos para as mulheres. As consequências da criminalização do aborto e a clandestinidade da pratica fazendo assim, o aborto ser uma situação de calamidade publica no Brasil quase 50% das mulheres que provocam a expulsão do feto em casa finalizando o aborto nos hospitais públicos e algumas dessas mulheres morrem e muitas sangram. Esse é o risco do aborto não é medicamento indevido e sim, não dar condições seguras para esse processo. 

O dever do estado (láico) independente de qualquer instituição... É dar-lhe o poder de escolha e independente da sua escolha é dar o suporte necessário e a proteção devida para essas mulheres. ao criminalizar a pratica do aborto retira o dever do estado e tira o direito das mulheres como ser humano que é o de escolha.

2 comentários

  1. Bom post!
    As pessoas que são totalmente contra o aborto deveriam tentar entender que a criminalização do mesmo faz com que muitas mulheres morram. Não dá pra defender a vida dessa maneira.
    Eu não recomendaria a ninguém - até o momento - que fizesse um aborto. Mas, caso seja do desejo da mulher, ela precisa ter o direito de fazer e de fora segura, legal.

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    1. Isso ai Lari! que prevalleça a vontade da mulher independente da sua escolha.

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Maira Gall